Wilhelm Reich e os Sete Segmentos Corporais
A partir de 1933 Wilhelm Reich desenvolveu a sua percepção do inconsciente humano presente em tensões musculares que retratavam a história da pessoa. Daí a sua descoberta de uma série de segmentos corporais cada qual com seus padrões característicos de bloqueio. Deixemos falar Frederico Navarro, um dos principais divulgadores do pensamento reichiano:
“Reich nos propõe uma leitura do corpo em sete níveis (os olhos,
a Boca, o pescoço, o alto tórax, o diafragma, o abdômen e a pélvis) unidos, ligados entre si, articulados funcionalmente como anéis de um organismo primitivo (os anelídeos, animais enterozoários, de corpo segmentado por anéis; exemplo: minhoca).
Sete níveis que não são divisões e sim pontos de referência; segmentos funcionais “de um sistema vivo unitário cuja função plasmática pode estar entravada por anéis perpendiculares de uma couraça”.
Análise X Síntese
Quero chamar a atenção para a visão do todo presente no texto acima. O enfoque holístico está em perceber simultaneamente: a parte e o todo (a análise e a síntese). Os dois enfoques são verdadeiros, e um dá sentido e sustentação ao outro. A visão do todo sem a percepção das partes (análise), é superficial. A visão das partes sem a percepção do todo (síntese), é reducionista e fragmentária. Continua Navarro:
“O excesso ou a deficiência de carga, as disfunções tônicas, nesses diversos níveis, comprometem o funcionamento do organismo em sua totalidade. Isso pode provocar perturbações funcionais e, com o passar do tempo, inclusive lesões orgânicas”.
Bioenergética aplicada às organizações
Esta última frase lembra-me o que ouvi muitas vezes do Jaime Panerai em trabalhos corporais, com grupos organizacionais. Sugerindo que por poucos minutos o grupo experimentasse tencionar alguma área do corpo: “Imaginem manter esta tensão por mais tempo… e imaginem esta tensão mantida por anos e anos…” Provocando assim o grupo a perceber tensões crônicas que se relacionam também com distorções de postura e sedentarismo no trabalho, como forma de predispô-los positivamente para os exercícios.
Objetivos do trabalho corporal em grupos não clínicos
Quero alertar que a condução de exercícios corporais somente funcionará se antes o facilitador os vivenciar profundamente em si mesmo. É indispensável que o que for feito faça profundo sentido par quem está conduzindo. É esta crença pela própria experiência, pelo usufruir contínuo de significativos benefícios, que dará força de persuasão natural porque será natural para o facilitador. Na verdade mais importante que promover muitos exercícios será o fazer com profundo significado.
Mas quais os objetivos do trabalho corporal em contextos não clínicos?
Alívio mental
Diminuir a carga energética do cérebro. A nossa cultura é excessivamente “Cortical” (referindo-se ao neo-cortex cerebral). A nossa comunicação é predominantemente ou quase que exclusivamente verbal. As nossas relações são muito mais baseadas em estereótipos do que em expressões espontâneas.
“Reich sugeriu que o cérebro humano talvez tenha se tornado tão grande e complexo que chegue a funcionar de modo mais ou menos autônomo, agindo como um parasita que suga a energia do corpo”.
(Baker, O Labirinto Humano).
E é neste nível mental que funciona o Ego, a imagem que “vendemos” ao mundo, o que pensamos que somos. A ênfase à distinção em detrimento da fusão, cooperação, união…
O trabalho corporal tende a corrigir esta grande distorção da valorização de uma polaridade em detrimento da outra.
À medida que vai acontecendo um certo esvaziamento cerebral, uma certa aproximação inconsciente e às vezes imperceptível, vai surgindo entre as pessoas. Então o grupo sem compreender bem, como nem porque, se encontrará em um estado de integração diferenciado, às vezes paradisíaco, mesmo se muitas vezes por breve tempo. Neste momento algumas barreiras de dissolvem e alguns vínculos se estabelecem ou se solidificam não mais de forma transitória mas muitas vezes para médio e longo prazo.
Lembro-me com emoção de um trabalho com o Jaime Panerai em um grupo de aproximadamente 60 operários, todos homens e jovens. Depois de uma série de exercícios com bastante expressão de agressividade e diminuição de tensões, a grande roda se encontra, após uma partilha de sentimentos e algumas reconciliações, a cantar por iniciativa própria, uma série de canções evangélicas em um enorme e belíssimo coro. Pareciam felizes, iluminados e envolvidos em um grande abraço que demoraram a aceitar dissolver. Foi um momento único. Certamente não voltarão a cantar eternamente na fábrica, mas tiveram a significativa e diferenciada oportunidade de viver com os colegas de trabalho algo que poderíamos chamar de paradisíaco. Foi um breve momento da experiência da fusão, do Um que de fato somos. Naquele contexto, as canções evangélicas significavam uma expressão do sagrado. E penso eu neste momento, o quanto nossas empresas carecem de sentido do sagrado nas relações humanas.
Promoção da Saúde
Promover a saúde da pessoa e do grupo:
a) através da percepção de tensões e posturas crônicas.
b) pelo aprendizado de ações e exercícios curativos e preventivos.
c) pela estimulação de uma melhor qualidade respiratória. O trabalho como um todo é um forte estímulo à saúde e à qualidade de vida.
Fortalecimento da identidade
Fortalecer a identidade pessoal (grouding: enraizamento, contato com o poder pessoal). Um dos grandes objetivos do trabalho corporal é devolver a cada pessoa a própria dignidade e contato com a própria energia e potencialidade através de:
a) Trabalhos com as pernas (expressão de agressividade, consciência das sensações e fortalecimento).
b) Estímulo à expressão de sentimentos e sensações pelo som e pelo movimento.
c) Ampliação do potencial respiratório.
d) Consciência corporal.
Volto aqui à questão da polaridade: Identidade X Fusão, Distinção X Unidade. Enquanto muitos carecem predominantemente da experiência da entrega à fusão, à confiança, da experiência de união e cooperação. Outros já precisam desenvolver a própria identidade enquanto ser diferenciado e único. E como se pode compreender, estas polaridade não são opostas mas complementares. Paradoxalmente, quanto maior o senso de identidade de uma pessoa, maior será a sua capacidade de entrega. Por outro lado a vivência grupal cooperativa e solidária devolve a cada um a própria diferenciação e originalidade.
Resolução de conflitos
Favorecer a diminuição e possível resolução de conflitos interpessoais, através:
a) da expressão, em forma de exercícios, de emoções agressivas latentes.
b) do alívio do estresse provocado pela contenção de tais emoções.
c) da diminuição da energia cerebral onde residem a competição e a desconfiança.
d) da estimulação do segmento torácico onde estão o coração e os pulmões e onde reside o nosso potencial amoroso com a compaixão e capacidade de compreensão.
e) do fortalecimento do grouding (poder pessoal), possibilitando a confiança no outro e no grupo.
Os exercícios favorecem a descarga e alívio do estresse provocado pela dinâmica interpessoal. Uma vez com menos estresse, muitas vezes as pessoas conseguem perceber as situações conflituosas em uma outra perspectiva e de forma redimensionada. Já que um grande percentual do conflitos humanos se fundamentam numa experiência pessoal passada e não na realidade objetiva (o que Freud chama de transferência: sentir para com determinadas pessoas, sentimentos antigos vividos em família com pais e irmãos); o alívio do estresse, em alguns casos, faz desaparecer por completo sentimentos hostis e incompatibilidades.
Os sete Segmentos Corporais
Vamos aos segmentos seguindo a sequência metodológica da Bioenergética que parte de baixo para cima (da identidade (grouding) para a entrega, confiança). Na verdade esta sequência é oposta ao processo evolutivo do corpo que é céfalo-caudal e também ao processo de desenvolvimento psicossexual com suas fases: intrauterina, oral, anal e fálica.
Segmento Pélvico
“Este nível compreende todos os músculos da bacia e os membros inferiores. Da mesma maneira como os braços pertencem à cintura escapular, as pernas pertencem à cintura pélvica.
O segmento inferior do tronco delimita uma cavidade visceral na qual se encontram o aparelho de defecação e a maior parte do aparelho urogenital…
O conteúdo da bacia é idêntico tanto nos homens quanto nas mulheres no que se refere à parte intestinal e à parte urinária, mas é diferente no que concerne aos órgãos genitais.
Nos homens se encontram, além do reto, da bexiga e de uma parte do ureter, a maior parte das vias espermáticas, a próstata e sua porção da uretra.
Nas mulheres, a cavidade pélvica se apresenta de maneira diferente, pois aí encontramos o útero e os ovários; esses órgãos têm relação de continuidade com o peritônio, o que explica a facilidade de reações peritoneais nas mulheres em quadros de afecção genital. Do ponto de vista topográfico, assinalemos que o reto está situado por trás do útero e que sua anatomia é idêntica tanto nas mulheres quanto nos homens.
…A outra sede do superego, segundo nossa Escola, situa-se nos músculos das coxas, onde não é raro constatar-se um bloqueio dos músculos adutores, também chamados de “músculos da virgindade”, e isso não apenas nas mulheres, mas também entre os homens…”. Navarro.
Como vimos a estimulação deste anel produz um fortalecimento do senso de identidade, força interior e enraizamento (grouding). É pressuposto indispensável para qualquer outro tipo de trabalho corporal pois como já foi citato: é partindo de um experiência de identidade que a pessoa se permitirá o abandono à entrega e ao relaxamento. Somente acontecerá relaxamento dos anéis superiores se fundamentado num bom trabalho de grouding. Também será bem menos ameaçador para as pessoas expressar agressividade com movimento de pernas. Esta atividade além de promover a liberação do estresse, proporcionará segurança. Este anel é a sede da nossa sexualidade, energia mais poderosa do organismo e por isso mesmo a mais ameaçadora. Portanto todo o trabalho corporal exigirá muita sensibilidade por parte do facilitador para perceber o nível de ansiedade que esteja provocando nas pessoas. Mesmo o trabalho com as pernas, para alguns não iniciados poderá ser algo assustador, daí a imperiosa necessidade de sensibilidade e progressividade nas atividades e contato com avaliação constante.
Um outro aspecto quanto a este anel é que a sua estimulação poderá evitar ou minimizar problemas provocados pela vida sedentária.
Segmento Abdominal
“Este nível é comparável ao tórax, em sua parte supra diafragmática, do qual é o correspondente subdiafragmático, estando o primeiro em ligação com o pescoço, e o segundo sendo zona de transição para a pélvis.
O abdômen compreende os músculos abdominais…, os músculos das costas e os laterais do tronco. É nos músculos lombares contraídos que se situa o medo de ser atacado…É nesse segmento que se situa a fisiologia dos intestinos e dos rins.
As colites espasmódicas, muco membranosas ou ulcerosas, desde que não haja uma infecção específica, são freqüentemente de origem emocional. O mesmo se dá com a constipação, a diarreia crônica ou a alternada entre as duas manifestações abdominais. E podem ainda ser o agravamento de somatizações já instaladas…” Navarro
Muitas pessoas não movem o abdômen ao respirar, este aprendizado será de fundamental importância. O exercício da respiração abdominal promove paz, quietude e relaxamento. É mais agradável quando experimentado na posição deitada (embora para as pessoas com menos grouding, mais ameaçador), mas sempre terá um efeito de centramento da energia anteriormente dispersa. Neste exercício as vísceras e órgãos são deliciosamente massageados e estimulados.
Segmento Diafragmático
“O músculo diafragmático forma uma abóboda de concavidade inferior. Ele se compõe de uma parte muscular que se insere sobre o entorno do tórax e sobre a coluna, e de uma parte tendinosa e central, chamada centro frênico, exatamente onde chegam os nervos frênicos que lhe dão motilidade.
A parte muscular se divide em três zonas: das vértebras, das costas e do esterno. Esse músculo apresenta orifícios que permitem a passagem da aorta, do esôfago e da veia cava inferior. Entre os pilares do diafragma passam as fibras simpáticas, os nervos esplâncnicos, a raiz das veias ázigos (onde circula a linfa) e a artéria mamária interna.
Esse músculo se põe em funcionamento e se contrai no momento da passagem da vida fetal para a vida extrauterina. Ele age como um bombeamento para a respiração, a circulação e a digestão; ele intervém ainda na fonação.
…Nós encontramos um bloqueio parcial ou setorial desse músculo. No entanto, é verdade que um bloqueio total pode sobrevir por um breve instante, provocando então um fenômeno patológico agudo do pâncreas…
A manifestação emocional ligada ao funcionamento do diafragma é a ansiedade. A publicidade cinematográfica utiliza fartamente este filão: “este filme vai lhe tirar o fôlego!”, etc; a ansiedade corta a respiração…” Navarro
Segmento Torácico
“Apesar de poder ser dividido em porção superior e porção inferior, o peito é melhor considerado quando visto como um todo. Consiste nos músculos intercostais, nos músculos peitorais, nos deltoides, nos músculos da escápula, nos espinais na caixa torácica e seu conteúdo, nas mãos e braços. É o segmento mais importante porque contém as estruturas vitais mais importantes, ou seja , o coração e os pulmões. É o primeiro segmento a sofrer bloqueios quando aprende a reter a inspiração e a reduzir a ansiedade…
Uma atitude crônica de inspirar é o meio mais eficiente de suprimir qualquer emoção”. Baker
Portanto o respirar é sempre fundamental. Em qualquer reunião estejamos atentos a como estamos respirando. A tentativa de evitar a ansiedade provocada por algum tema abordado ou pela dinâmica interpessoal, poderá levar as pessoas a gradativamente diminuírem a expiração e construírem um estado de quase imobilidade respiratória, com pulmões inflados. Haverá então um acúmulo crescente de carga (estresse) que poderá ter como consequências: Uma descarga abrupta e agressiva, uma apatia (até por medo da expressão do próprio estresse) ou no mínimo, a improdutividade.
Lembro-me de um cliente que gerenciava regionalmente uma grande empresa e com frequência viajava para reuniões na matriz. Ele comentava da perda absoluta de tempo e dinheiro com tais reuniões e me chegava ao consultório todo enrijecido e dolorido, depois das horas massacrantes de reuniões inúteis. E trata-se de uma empresa de grande êxito em todo o país.
É recomendável portanto que com frequência se convide o grupo a alongar-se de pé, ou mesmo sentados, curvando o tronco para trás, e assim evitar a imobilidade respiratória. Desta maneira haverá renovação do oxigênio no cérebro com estimulação à lucidez e à criatividade.
Segmento Cervical
“A limitação dos movimentos do pescoço repercute sobre a maneira como o sujeito olha ao redor de sim mesmo, isto é, forçosamente limitada. Isso leva a pessoa a perder de vista o conjunto, privilegiando o pormenor, e conduz a posições egoístas. Sua visão de muno fica reduzida e condicionada pelo seu meio sociocultural e pelo ideal do eu proposto que a pessoa deve atingir para não se depreciar. Certo tipo de educação, inclusive certamente a competição esportiva, favorece evidentemente essa imaturidade caracterial.
Explicamos esse fenômeno situando no pescoço um super-eu primitivo (sendo que o outro se situa na bacia), responsável pela insatisfação do eu que impele o sujeito (cada vez mais alto, cada vez mais rígido), à ambição, à competição, ao carreirismo. Privando-o de humildade e da possibilidade de sentir seus limites, enfim faz com que confunda dignidade com orgulho, vaidade ou altivez. Do ponto de vista reichiano, existe uma conexão entre o pescoço (narcisismo) e o diafragma. Essa conexão é determinada pela ansiedade de se superar a si mesmo, como observou Davide López.
É naturalmente no pescoço que se pode localizar o famoso “complexo de inferioridade”. Nossa sociedade privilegia a superioridade, isto é, o poder mais de que a potência, e a violência para o conservar, mais do que a lei: os dogmáticos, os ideólogos (fascistas, pretos ou vermelhos) que se creem depositários da verdade e estão a um passo do autoritarismo, são a expressão desse fenômeno. Tais são igualmente aqueles que nós dizemos estarem afetados pelo complexo de Atlas, pois leva o mundo sobre os ombros, assumem responsabilidades e exibem sua eficiência, julgando-se não só necessários mas até indispensáveis.
O bloqueio do pescoço provoca uma cisão entre a cabeça (cérebro, intelecto, teoria) e o corpo (vísceras, sentimentos, práxis). Torna tudo racional e é capaz de tudo justificar, mas não é razoável nem é capaz de humanidade. Privilegia o papel social em detrimento da função existencial, a ideia de viver pelos outros e não com os outros, chegando até à pretensão de se tornar imortal. Dessa forma acaba bloqueando as emoções, vivendo o papel contra a natureza, favorecendo a tecnologia contra a ciência e a arte e contribuindo para o desastre ecológico, renunciando enfim, ao humor”.
Navarro
Pelo texto do Navarro podemos perceber a importância da estimulação deste segmento no sentido de promover o “baixar a guarda” com a diminuição das defesas. Mas quero advertir que também por este motivo e pela sua anatomia, trata-se de um trabalho a ser feito com muito cuidado, sem exagero nem pressa. É uma região muito delicada.
Segmento Oral
“…a boca , representa, no pensamento reichiano, o eixo da vida emocional pela relação com o não-si-mesmo e com o outro.
É principalmente através da boca que nós nos carregamos de energia pela alimentação e que nos comunicamos pela palavra”… Navarro
Neste segmento reside o estresse ligado a raivas profundas não expressas que muitas vezes produzem o fenômeno chamado bruxismo, que consiste no desgaste das arcadas dentárias pelo atrito que ocorre durante o sono. Temos dois grandes músculos laterais, os masseteres, que promovem os movimentos do maxilar. É neles que ocorre a tensão que produz o bruxismo.
Segmento Ocular
Este segmento envolve: olhos, ouvidos e nariz.
Também é uma área que acumula o estresse. Contrariedades, decepções, frustrações, necessidade de chorar, necessidade de manter aparência etc., também ficam impressos em nossos olhos e na face. O excesso de leitura e uso do computador produzem o cansaço nos olhos e na musculatura em seu entorno.
A estimulação desta área promove:
A Estimulação do Segmento Ocular promove:
a) relaxamento e sono.
b) Muitas vezes, medo, por tratar-se da uma área mais regressiva do corpo. O facilitador levará isto em conta e permitirá que cada um interrompa os exercícios assim que o desejar.
c) Estimula a experiência de fusão, com a relaxação do sentido de identidade. Portanto muitas vezes desaconselhável para pessoas que têm forte carência de grouding.
Cuidados na estimulação do Segmento Ocular
É importante, quando o facilitador não conhece bem o grupo ou está trabalhando com pessoas pouco enraizadas, que mantenha o grupo de olhos sempre abertos. Ao olhar nos olhos das pessoas o facilitador terá uma percepção mais exata do que está acontecendo com cada um. Um outro motivo é que olhos fechados induzem à regressão enquanto olhos abertos à progressão (identidade). Em alguns momentos o facilitador poderá pedir para que o grupo olhe para a sala observando todos os detalhes, ou olhem uns para os outros se há intimidade para tanto. Estes são procedimentos para evitar maiores regressões. Outras vezes o facilitador, com o próprio olhar poderá dar grouding a alguém em particular ou ao grupo como um todo.
O Exercício do Silêncio
Um exercício muito bonito e interessante que vi o Jaime fazer várias vezes é o do silêncio: A pessoa fecha os olhos e tampa os ouvidos com as mão e fica a ouvir o seu silêncio. É um experiência muito bela e importante que promove o centramento da energia e a quietude. Mas trata-se de uma vivência que tende à regressão.
Conclusão
Encerramos uma brevíssima panorâmica sobre os sete segmentos ou anéis caracterológicos. Lembro que temos aqui apenas uma síntese da síntese.
Na ausência de textos não clínicos, fui fazendo adaptações.
Bibliografia
Segue a bibliografia de fundamentação juntamente com leitura recomendada.
Bibliografia de fundamentação:
Frederico Navarro: Terapia Reichiana I e Terapia Reichiana II
(fundamentos médicos somatopsicodinâmica)
Summus editorial
Elsworth F. Baker: O Labirinto Humano
(Causas do bloqueio da energia sexual)
Summus editorial
Bibliografia recomendada:
Jaime Panerai: Exercícios para a Saúde
Libertas Comunidade
Alexander Lowen: Exercícios de Bioenergética
(O caminho para uma saúde vibrante)
Ágora
Bioenergética
Summus editorial